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sábado, 23 de março de 2013

Fall To Pieces - Capítulo 11


      Assim que corri  uma distancia considerável e segura longe dele, eu cai em prantos. Não sabia muito bem por quê eu tinha feito aquilo, senti repulsa e nojo de mim mesmo. A minha vida já estava uma maravilha, ainda mais agora que ele apareceu melhorou muito, hein.
      Não importa onde eu vá, ele sempre acaba me encontrando, parece um carma na minha vida. Eu não quero vê-lo nunca mais na minha vida. Mas aí dizem '' Never Say Never e blá blá blá'', mas never say never não se aplica a esse caso, e muito menos a minha vida. Ninguém tem a menor ideia do que ele me fez e muito menos do que ele é capaz de fazer. Tomei coragem de voltar para casa e fui para o meu quarto, tomei um banho e tentei esquecer o que aconteceu. Fui me trocar e desci para comer alguma coisa, quando me deparo com ele, não essa porra só pode estar brincando comigo, esse filho da puta descobriu até aonde eu moro - me desculpem as palavras de baixo calão, mas quando ele aparece não tem como eu me controlar -, isso só pode ser coisa mandada.
- Lucy, olha quem está aqui. - Pyetro disse todo animado com a presença daquele infeliz.
- Ah, o que ele tá fazendo aqui?
- Nossa, não precisa ser ignorante com as visitas.
- Não sou ignorante com as visitas, só com quem merece, e ele não é porra nenhuma de visita. - elevei mais o meu tom de voz.
- Calma Lucy, o que aconteceu com você hoje para estar assim?
- Não aconteceu nada, eu só... - Sai antes de completar a frase, acho que se tivesse ficado ali mais 5 segundos teria agredido aquele infeliz, mas por que raios ele apareceu aqui? Como ele me achou? Sabe o que é mais legal em toda essa situação, é que eu sou a bruxa má, e aquela coisa é o anjinho, ingênuo da história, e quem acaba se ferrando no final de tudo, adivinhem? Sim, eu que acabo me ferrando.
      Fui caminhar pela praia para esfriar a minha cabeça, uma brisa leve veio em minha direção. Fez eu relaxar, pelo menos um pouco, por enquanto. Eu já sabia que a partir do momento em que o conheci, ele seria um grande problema, mas eu nem me importava na época. Muitos problemas e todos ao mesmo tempo. Como resolver? Ainda não sei, mas darei um jeito em tudo isso, não sei como, mas irei.
       Depois de um longo passeio para passar o tempo voltei para casa, tudo estava escuro, tomei o maior cuidado para não fazer nenhum barulho. Fui diretamente para o meu quarto, de onde não deveria ter saído. A última coisa que me lembro foi de sentir carícias nas minhas bochechas, mas não consegui ver quem era, tamanho era o meu cansaço, mas isso não era importante.
     Acordei com a luz do sol invadindo o meu quarto, demorei um tempinho para que os meus olhos se acostumassem com a claridade, levantei devagar e fui lentamente para o banheiro, tomei banho e fiz minhas higienes matinais de sempre, me troquei e desci. - Roupa-
- Oi.
- Oie - Disseram.
- Cadê o Pyetro?
- Ele está no quarto, acho que ainda está dormindo. - Rapha respondeu pegando uma maçã.
- Ah tá. Acho que vou lá falar com ele.
- Ok.
      Fui até o  quarto do Pyetro, bati na porta, mas ele não respondeu. Então resolvi entrar assim mesmo, porque sim.
- Pyetro? -  chacoalhei ele.
- Hum? -
- Acorda!
- Pra quê? - Disse sonolento.
- Porque eu preciso falar uma coisa séria com você.
- O que foi que aconteceu? - Disse se levantando um pouco.
- Eu só queria saber se você está bem.
- Não era isso que você ia me perguntar né?
       Não respondi, eu não poderia lhe falar o que realmente queria, não naquele momento, mas eu não sei por quanto tempo irei suportar tudo isso.
- Era sim, faz tempo que eu não converso com você direito, eu só estou com saudades. - Disse e abracei o mais forte que pude, sentir algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto.
- O que aconteceu Lucy?
- Nada, eu já disse que só estou com saudade.
- Quando quiser me contar, eu vou estar de ouvidos abertos.
        Eu ri de imediato, o Pyetro sempre me fazia rir quando estava triste.
- Isso aí no seu rosto é um sorriso?
- Você é muito besta, mas é meu melhor amigo, fazer o que né.
- Então, que tal darmos um passeio?
- Mas temos escola hoje.
- Falou a nerd da escola, como se você nunca tivesse cabulado aula.
- Está bem, eu vou.
- Acho bom mesmo, porque se não você iria se ver comigo.
- O que você iria fazer? - Olhei para ele desafiando- o.
- Isso. Começou a fazer cócegas em mim.
- Que injustiça comigo, para , por favor Pyetro - Disse tentando respirar.
- Ok, ok.
- Eu vou descer. - Disse tentado parar de rir.
       Desci para assistir tv um pouco, todos deveriam já ter ido para o inferno - conhecido, mais como escola-, fiquei assistindo desenho enquanto o Pyetro não descia. Depois de 30 minutos de espera, ele finalmente desceu.
- Até que enfim.
- Nossa que drama, nem demorei muito.
- Não estou fazendo drama, mas para onde nós vamos?
- Hum, estava pensando em ir ao shopping, faz tempo que não vou em um.
- Pode ser.
         Eu e o Pyetro fomos em algumas lojas, comprei algumas roupas e sapatos, e ele também comprou algumas coisas. Depois fomos para uma pista de boliche que tinha no shopping, passamos a tarde inteira lá, e fomos ao starbucks, na saída encontramos alguém que eu queria muito evitar.
- E aí, como vai? - Pyetro perguntou.
- Vou bem, melhor agora. Não vai falar comigo não Lucy? - Disse olhando diretamente para mim.
- Vamos, Pyetro. Estou cansada já.
- Mas já? Eu pensei que fossemos fazer mais alguma coisa.
- Perdi a vontade agora.
- Não quero atrapalhar vocês dois, eu já estava de saída.
- Não tá atrapalhando não.
- Mas mesmo assim eu já vou indo.
          Assim que foi saindo ele chegou perto do meu ouvido e sussurrou '' Nos veremos em breve'', senti de imediato um arrepio por todo o meu corpo. Esse garoto é o capeta em pessoa, mas ninguém acredita em mim. Por que ele insisti em fazer isso comigo? Ao mesmo tempo que eu sinto repulsa por ele, também sinto alguma coisa... Diferente.

Notas da  autora

Então, muitos dias sem postar, mas está aí. Comentem e espero que tenham gostado do capítulo. 



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